ALMG
Sindicatos protestam contra aumento de 300% no salário de Zema
Projeto vai ser votado em 1° turno na Assembleia Legislativa; deputados também decidem sobre reforma administrativa e permanência do Detran na Polícia Civil
04/04/2023 11:26 - atualizado 04/04/2023 11:46
Sindicatos protestam nesta terça-feira (4/4) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) contra a votação de duas pautas de interesse do governo mineiro. Os Projetos de Lei (PL) 415/2023, que prevê o aumento salarial do governador Romeu Zema (Novo) e dos seus secretários em cerca de 300%, e 358/2023, que promove uma reforma administrativa no Executivo, serão votados em 1° turno em Plenário.
O PL 415/2023 foi anunciado pelo governo como uma forma de conseguir manter profissionais competentes nos cargos do Executivo Estadual.
Zema afirma que o reajuste salarial acontece depois de 15 anos de congelamento. Se aprovado, o projeto aumenta o salário do governador de R$ 10.500 para R$ 37.589,96 em abril e os vencimentos chegam a R$ 41.845 em fevereiro de 2025.
"Quem vai concordar ou não com esse pedido do governo são os deputados. E não é verdade que os secretários precisam de reajuste porque o salário deles já é completamentado pelos jetons que eles recebem nos conselhos das estatais", declarou Denise Romano, coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG).
Já a reforma administrativa, prevista no PL 358/2023, propõe a reorganização da estrutura do governo com medidas como a criação da Secretaria de Estado de Casa Civil e da Secretaria de Estado de Comunicação Social. O projeto também prevê a inclusão da Rede Minas e Rádio Inconfidência sob administração da pasta de Comunicação.
Em votação separada, por meio da PEC 71/2021, os deputados votam a transferência da responsabilidade Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran/MG) da Polícia Civil para a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag)