A verdade: Ex-oficial do Exército denuncia tratamento desigual e discriminação contra profissionais não formados na AMAN
Oficial que pediu pra sair do Exército revela verdadeiros motivos e sua visão sobre a suposta “debandada de oficiais” das Forças Armadas
Em uma carta contundente, um ex-oficial confirma informações anteriormente divulgadas por outros militares, expondo problemas significativos no tratamento dos membros das Forças Armadas, considerados o principal patrimônio da instituição.
Dentro do executivo os militares estão entre os melhores salários, se for comparar com MP, TCU, Legislativo e Judiciário é que a curva fica diferente. Porém, o problema não é o executivo e sim os salários distorcidos dos outros órgãos (lembrando que vem tudo de imposto)
Militares ganham muito bem, mas como todos os seres humanos eles desejam sempre mais, porém como a carreira é engessada o que eles fazem é procurar oportunidade em outros lugares (nada de errado no princípio). O ruim é quando a pessoa sai de um serviço público para outro serviço público e faz este tipo de comentário. Gerando o viés de que o problema é salário.
Militares da AMAN não tem espaço no mercado de trabalho privado e, portanto, sempre procuram outros concursos. Em geral estudam para outros concursos, onde procuram ganhar mais, trabalhar menos e ter menos dor de cabeça
Sargentos também evadem por salário, aqui o argumento faz um pouco mais de sentido, mas o principal ponto é que a carreira do EB não permite que sargentos virem oficiais. Deixando sempre o salário dos praças muito abaixo ao dos oficiais, o que gera um movimento natural de busca por algo melhor
Encerramento
Sei que não foi a carta mais estruturada e organizada do mundo, mas eu queria muito trazer esta visão a mais para vocês. Visão que é mais profunda do que apenas um comentário na plataforma
Robson Augusto – Revista Sociedade Militar
A fonte, que foi devidamente verificada, pediu para ter a identidade preservada, o que é um direito e perfeitamente compreensível em se tratando de militares e ex-militares. A grande mídia com muita frequência preserva a identidade de fontes por vários motivos, é um direito e quem avalia isso é o veículo de imprensa. O ex-militar agora trabalha em uma multinacional e tem motivos particulares para não se expor.