quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

 


Luiz Tito - 


Coincidentemente com a nota publicada ontem por essa coluna, que retrata uma posição técnica do Tesouro Nacional de análise do perfil de crédito dos Estados brasileiros, o Governo de Minas também tornou pública sua posição de ser um Estado cujo balanço apresenta um superávit de R$ 2,2 bilhões. Os números revelados com entusiasmo pelo Governador Romeu Zema, junto com seus secretários de Planejamento e de Fazenda talvez tenham o mesmo critério técnico da contabilidade das Lojas Americanas, organização recentemente exposta à recuperação judicial, que tem dinheiro em caixa, mas não paga seus credores. Esse é o perfil do superávit de Minas Gerais, que tem dinheiro engrossando as contas em bancos, mas tem restos a pagar de R$ 20,46 bilhões. Um déficit de R$ 11,7 bilhões já havia sido previsto, mas o Governo insiste em mentir sobre sua real situação, inclusive de sua dívida de R$ 156 bilhões. Em razão disso é que o Governo Zema levará na sua próxima reunião com o Presidente Lula e com o ministro Fernando Haddad o renovado pedido de que seja admitida a adesão de Minas ao Regime de Recuperação Fiscal. Para o bem de Minas espera-se que Brasília não aceite tal impropriedade, que enterrará Minas Gerais de vez.



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