RJ: Bombeiro morto pelo tráfico tinha 20 anos de carreira e atuou em Brumadinho
Wagner Bonin, de 42 anos, major do Corpo de Bombeiros, foi sequestrado e morto por traficantes na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, após fotografar barricadas no interior da comunidade São Mateus. O major chegou a enviar as fotos que fez para a Polícia Civil.
De acordo com as investigações, ele estava inconformado com o avanço do tráfico de drogas na região. O crime aconteceu após o major ser descoberto pelos traficantes e levado para o interior da comunidade na tarde de quarta-feira (16).
Ainda segundo as investigações, o rastreador do carro do major emitiu sinais dentro da comunidade e a polícia fez uma operação durante a noite para tentar encontrá-lo.
O corpo do major foi encontrado carbonizado dentro do carro dele, no Parque Colúmbia, na Pavuna, na Zona Norte do Rio.
Na madrugada desta quinta-feira (17) o comandante do Corpo de Bombeiros afirmou em uma rede social que Wagner Bonin foi assassinado.
O Corpo de Bombeiros, por meio de nota, lamentou a morte de Wagner e disse que acredita na Polícia Civil para esclarecer as circunstâncias do crime.
"A corporação se solidariza e deseja as mais sinceras condolências aos parentes e amigos do militar. Psicólogos e assistentes sociais estão à disposição para dar todo o suporte para a família, neste momento de dor. Nossa eterna continência a este eterno herói por todo o trabalho realizado em prol da sociedade, no cumprimento do juramento, honrando a missão de Vida Alheia e Riquezas Salvar. O Major Wagner Bonin jamais será esquecido. Toda a tropa está de luto", diz o documento.
O major estava há 20 anos na corporação e já recebeu medalha pela atuação no desastre de Brumadinho, em Minas Gerais. Wagner era enfermeiro da corporação.